sábado, 14 de agosto de 2010

Escorpião


Nome Científico: Euscorpius flaviaudus


FILO: Arthropoda


CLASSE: Arachnida


ORDEM: Scorpionida


FAMÍLIA: (3 famílias)


ESPÉCIES: Foram descritas cerca de 1.400 espécies distribuídas em seis ou sete famílias, sendo a família Buthidae a mais importante, tanto em número de espécies como pelo fato de apresentar espécies causadoras de acidentes humanos.


Distribuição: Os escorpiões são animais de terra firme, habitando as regiões quentes e temperadas da Terra, dando preferência aos ambientes mais árido onde ocorram uma grande diversidade de espécies.

Habitat: Os escorpiões vivem sob pedras, madeiras, troncos podres, alguns enterram-se no solo úmido da mata, outros na areia do deserto, outros ainda vivem em bromélias, que crescem no chão ou mesmo a grandes alturas nas árvores. Outros dão preferência às proximidades das residências humanas onde se escondem no entulho, em madeiras empilhadas; é frequente aparecerem junto às linhas de trem, escondendo-se sob lajes dos túmulos.

Alimentação: São animais carnívoros e de hábitos noturnos, alimentando-se principalmente de insetos e de aranhas, podendo também ocorrer o canibalismo, principalmente em cativeiro. Podem jejuar por tempo prolongado, armazenando alimento nos divertículos do hepatopâncreas. Observações em cativeiro registram um jejum de até 23 meses. Localizam a sua presa com o auxílio de pêlos sensoriais, as tricobotrias, que estão situadas principalmente nos palpos e que são sensíveis ao menor movimento do ar. A visão é pouco desenvolvida.

Reprodução: Antes do acasalamento, o macho e a fêmea se agarram pelas pinças, fazendo estranha dança. Quando tudo termina a fêmea freqüentemente come o macho.

Período de gestação: é de alguns meses a até um ano.

Nº de filhotes: A fêmea põe 50 ovos.

Filhotes: nascem envoltos numa membrana da qual saem sozinhos ou ajudados pela mãe, e imediatamente sobre em cima do dorso do abdômen da mesma onde permanecem até a primeira troca de pele.

Maturidade: os animais atingem a idade adulta após um ano e meio.

Comprimento: até 20 cm

Tempo de Vida: 3 ou 5 anos, variando conforme a espécie.

Características: Duas garras ou pinças bem desenvolvidas

História e Surgimento: São animais antigos e provavelmente os primeiros a habitarem a terra firme onde lhes foi muito útil a carapaça de quitina de que é formado o seu exoesqueleto e que evita a evaporação excessiva. Surgiram no Siluriano há cerca de 350 milhões de anos atrás e os fósseis apresentam uma grande semelhança com os atuais.

Escorpiões perigosos

São considerados perigosos os escorpiões pertencentes à família dos Buthidae pois, todos podem causar um envenenamento humano necessitando de tratamento médico.

A peçonha de quase todos os escorpiões, embora suficientemente tóxica para matar muitos invertebrados, não é prejudicial ao homem. A picada acarreta, no máximo, uma dor semelhante à de picada de uma vespa ou marimbondo.

Porem, algumas espécies possuem veneno suficientemente toxico para matar um homem. Existem algumas espécies do deserto do Saara que têm o veneno capaz de matar um cachorro em aproximadamente sete minutos e, um homem em sei ou sete horas.

T. serrulatus: cerca de 7 cm de comprimento, cor amarela e 1 par de serrilhas na cauda.

T. bahiensis: cerca de 7 cm de comprimento, cor marrom-avermelhado com as pernas mais claras manchadas de escuro e sem serrilhas na cauda.

Ação do veneno das duas espécies: Neurotóxica

Sintomas: Dor local com sensação de formigamento adjacente ao local da picada: paralisia dos músculos respiratórios; morte por asfixia.

Tratamento: Soro antiescorpiônico ou 5 a 10 ampolas de soro antiaracnídico; Anil de lidocaína a 2%, sem adrenalina, até 3 vezes, com intervalo de 1 hora.

Prevenção de acidentes:

Limpar periodicamente os terrenos baldios, próximos às residências; evitar o acúmulo de entulho, pilhas de tijolos, madeiras; não deixar lixo descoberto, procurar enterrá-lo ou ensacá-lo.
Cuidar do jardim, aparando a grama, evitando trepadeiras e folhagens muito densas junto às casas.
Vedar as soleiras das portas e fechar as janelas, se possível com tela, antes do anoitecer.
Limpar a casa periodicamente, fazendo uma limpeza cuidadosa atrás dos móveis, quadros, etc.
Principalmente em zonas rurais sacudir as roupas e calçados antes de usá-los.
Não virar paus, pedras, ou enfiar as mãos desprotegidas em buracos.
Andar calçado e usar luvas de raspa de couro para trabalhar em zona rural, ou dependendo do serviço (limpeza de jardim, remoção de madeira, entulho, etc).
IMPORTANTE: Toda pessoa agredida por escorpiões deve ser encaminhada ao Pronto Socorro e se possível levar o escorpião para identificação. Lembre-se sempre que a rapidez de atendimento em acidentes com qualquer animal peçonhento pode significar a diferença entre a vida e a morte. A auto medicação pode ser fatal e não deve ser realizada. Procure sempre um médico e o pronto socorro mais próximo.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

artêmia ou bichinhos aquáticos.

1. Descrição Geral

O camarão de água salgada (artêmia), pertence ao filo Arthropoda e à classe dos crustáceos. Artêmias são zooplanctons como Copepoda e Dáfnia, os quais também são usados como alimento vivo em aquários. O ciclo da artêmia começa através de cistos hibernantes encubados ("ovos"), que são embriões enclausurados metabolicamente inativos. Os cistos podem permanecer adormecidos por muitos anos, desde que sejam mantidos secos e livres de oxigênio. A melhor forma de armazenarmos cistos de artêmia é em recipientes hermeticamente selados, em um ambiente frio e seco e se possível no vácuo. O refrigerador é geralmente o melhor lugar.

Quando os cistos são devolvidos à água salgada, eles se reidratam e reassumem o desenvolvimento. Depois de 15 ou 20 horas, a uma temperatura de 25°C, os cistos se rompem e o embrião abandona a carapaça. Por algumas horas, o embrião fica preso abaixo da casca do cisto ainda envolvido em uma membrana. Esse estágio é chamado de “guarda-chuva”. Durante esse estágio, o náuplio completa seu desenvolvimento e emerge como um livre nadador. Em seu primeiro estágio larval, o náuplio é de cor laranja castanho devido à sua reserva de alimento. A artêmia recém eclodida não se alimenta, porque sua boca e ânus não estão totalmente desenvolvidos. Aproximadamente 12 horas após a eclosão, eles assumem o segundo estágio larval e começam a se alimentar de partículas de microalgas, bactérias e detritos. Os náuplios irão crescer e passar por 15 mutações antes de atingir a fase adulta em no mínimo 8 dias.

A artêmia adulta mede em média 8 mm de comprimento mas pode atingir 20 mm em condições ideais. É 20 vezes maior e possui 500 vezes mais biomassa do que quando é um náuplio. Em baixa salinidade e níveis de alimentos favoráveis, as fêmeas fertilizadas normalmente produzem náuplios que já nadam livremente numa taxa de até 75 náuplios por dia. Elas irão produzir em média de 10 a 15 ninhadas durante os seus 50 dias de vida. Em condições propícias, uma artêmia adulta pode viver até 3 meses e produzir até 300 náuplios ou cistos a cada 4 dias. A produção de cistos é induzida pelas condições de salinidade alta, escassez de alimento e/ou baixa oxigenação (menor que 2 mg/L).

Os adultos podem tolerar breve exposição a temperaturas tão extremas quanto 18°C e 40ºC, sendo que a temperatura ideal para o cultivo é de 25°C a 30°C, mas existem diferenças de uma região para outra. As condições ideais para a Baía de São Francisco é de 22ºC, contra 30°C para a artêmia do Great Salt Lake. O camarão de água salgada (como é conhecida em muitas regiões) prefere uma salinidade entre 30-35 ppt (densidade entre 1.020 e 1.025) e pode viver em água doce por aproximadamente 5 horas. Deve-se tomar cuidado para não superalimentar o aquário de água doce, pois após morrer, a artêmia se decompõe muito rapidamente. Muitos peixes de água doce toleram e até mesmo prosperam em água salobra (1-5 ppt) o que torna possível o acréscimo de sal na água do aquário e prolongando assim, se necessário, a sobrevivência das artêmias.

Outras variáveis de grande importância são: pH, luz e oxigênio. Um pH por volta de 8,0 é melhor. pH menor que 5,0 e maior que 10,0 matará a cultura. O pH pode ser aumentado com bicarbonato de sódio e diminuído com ácido clorídrico bem diluído. Uma boa iluminação será necessária para a criação, uma lâmpada normal tipo growlight, dessas disponíveis em lojas de aquário é adequada. O mais importante é o nível de oxigênio na água. Com um bom fornecimento de oxigênio, as artêmias assumem uma cor rosa pálido ou amarelo, ou se forem alimentadas intensamente com algas, serão verdes. Nessas condições ideais, o crescimento e a reprodução serão rápidos e será possível um fornecimento auto-suficiente de artêmias. Se houver um nível baixo de oxigênio na água com excesso de matéria orgânica, ou uma salinidade alta devido à evaporação natural, as artêmias irão se alimentar de bactérias, detritos e células fermentadas, mas nenhuma alga. Sob essas condições, elas produzirão hemoglobina e apresentarão uma a cor vermelha ou laranja. Se essa condição persistir, elas começarão a produzir cistos e a colônia poderá falir. É muito importante ter um fornecimento de ar vigoroso no tanque por dois motivos: Primeiro, para manter o alimento disponível em suspensão, onde ele será filtrado pelas artêmias, e segundo, para promover a boa oxigenação do sistema. [Início]

2. Requisitos para o cultivo

As condições favoráveis para o cultivo de artêmia são: Temperatura de 25°C, densidade de 1.030, aeração forte e contínua, iluminação constante de 2000 Lux e pH 8,0. A boa circulação é essencial para manter os cistos em suspensão. Um recipiente em forma de V seria o ideal mas duas garrafas de 1 litro funcionam muito bem. O melhor que encontrei foram colunas de separação encontradas em qualquer fornecedor para laboratório mas, infelizmente, são muito caras. Cole uma válvula na tampa da garrafa (pode ser registro usado em compressores) e inverta a garrafa. Dessa forma cistos não eclodidos, carapaças vazias e náuplios poderão ser separados mais facilmente. Outra idéia que eu recomendaria, que foi dada por Ken Cunningham, é a de usar garrafas de cerveja. Algumas das quais possuem um ponto cônico na parte inferior. Ken coloca três ou quatro delas em um recipiente de 40 litros e as aquece pelo método de “banho Maria”. Coloca tubos de ar rígidos dentro delas, sem pedra porosa, e os conecta através de mangueiras flexíveis a um distribuidor múltiplo. Temperatura de 27°C e luz brilhante o tempo todo. Em cada garrafa coloca-se ½ colher de chá de sal, ½ ou ¼ de cistos e deixa borbulhando por 24 horas. Para colher os náuplios, desconecte a mangueira flexível, deixe o tubo rígido dentro da garrafa e tire a garrafa de dentro do “banho maria”. Deixe a garrafa no escuro por 10 minutos e então sifone as artêmias usando uma mangueira de aquário, para um recipiente contendo água doce, para enxaguar. Usando as garrafas em rotatividade, é possível ter artêmias recém eclodidas a toda hora.

Existem vários métodos para se eclodir cistos de artêmia. Uma vez que você tente algum método próprio para tentar eclodir os cistos, provavelmente seu resultado será tão bom quanto ao de qualquer outro método já utilizado. Não tenha medo de experimentar! A porcentagem de cistos eclodidos está diretamente ligada à qualidade da água, circulação e origem dos cistos. Recipientes com fundos planos possuem áreas mortas (sem circulação de água) não sendo indicados para se conseguir altas taxas de cistos eclodidos. Existem de 200.000 a 300.000 náuplios por grama de cistos, deste modo, ½ colher de chá em dois litros de água é mais que o suficiente para se manter um aquário tropical. Com a instalação de duas ou mais garrafas, uma começando em um dia e outra noutro, você poderá ter um fornecimento contínuo de náuplios recém eclodidos para aquele aquário de recifes. Esse é o método que costumávamos usar quando eu trabalhava na Scripps Aquarium. [Início]

3. Colheita

Para colher os náuplios, basta desligar o ar ou retirar a pedra porosa de dentro do recipiente e deixar assentar por 10 minutos. Os náuplios recém eclodidos vão se concentrar logo acima dos cistos não eclodidos que se encontrarão no fundo do recipiente. Visto que os náuplios recém nascidos são atraídos pela luz, direcionando uma lanterna no centro do recipiente você irá concentra-los onde será mais fácil sifoná-los. Você poderá também drenar os cistos que estão no fundo usando a válvula que você instalou e depois drenar os náuplios para outro recipiente. Os cistos não eclodidos não deverão ser jogados fora, pois poderão ser utilizados em uma próxima cultura, visto que parte deles ainda poderão eclodir. [Início]

4. Alimentação

Visto que as artêmias possuem filtros não seletivos (não escolhem o que retiram da água), uma ampla variedade de alimentos têm sido usada com sucesso. O critério para se escolher o tipo de comida é baseado no tamanho da partícula, digestibilidade e solubilidade (leite em pó não funciona). Os alimentos mais utilizados incluem microalgas, tais como nanochloropsis e uma ampla variedade de alimento inerte, o que é mais prático para nós aquaristas. Deve-se tomar cuidado para não superalimentar o tanque. Entre os alimentos inertes usados estão fermentos, tanto ativos como inativos (os fornecedores para cervejarias são a melhor fonte; o fermento de padaria é muito caro!), pó de arroz, farinha de trigo, farinha de soja, farinha de peixe, gema de ovo, fígado homogeneizado e soro de leite. Eu nunca utilizei os últimos quatro. Microalgas secas tal como spirulina também tem sido usadas com sucesso e podem ser encontradas em lojas de produtos naturais, mas são um pouco caras.

Uma maneira simples de se medir a quantidade de comida que colocamos no tanque é observar a transparência da água. Isso é feito com um bastão graduado em centímetros com um disco branco e preto preso em uma das extremidades. Introduza o bastão no tanque com o disco voltado para baixo. A profundidade onde o contraste entre o branco e o preto desaparecem mede a intensidade de luz que penetra dentro do tanque. Quanto mais partículas estiverem em suspensão na água, menor será a transparência ou visibilidade. Com uma densidade de 5000 náuplios por litro, a transparência deverá ser de 15 a 20 cm na primeira semana e de 20 a 25 cm nas seguintes. Sem dúvida seria melhor se mantivéssemos uma quantidade ideal de alimento o tempo todo, dessa forma uma alimentação freqüente ou um gotejando contínuo seria fundamental para um crescimento ideal. O alimento não é consumido diretamente, é transferido para a boca em forma de pacotes. O espaço entre as pernas de uma artêmia alarga-se à medida em que as pernas se movem para a frente. A água é sugada para dentro dele e pequenos filtros capilares coletam as partículas, inclusive alimento, do fluxo entrante. Quando retorna, a água é expulsa e a comida é retida na abertura. Essa abertura possui glândulas que secretam material adesivo que aglomera a comida em bolinhas e então os capilares levam essas bolinhas em direção à boca. O tamanho ideal do alimento deve estar entre 50-60 mícrons. [Início]

5. Artêmias adultas

Quando alimentamos peixes grandes ou invertebrados, a artêmia adulta é preferida ao invés do náuplio. Por ser 20 vezes mais pesada que o náuplio, a artêmia fornece mais alimento. Existe um mito de que a artêmia adulta não é tão boa para o peixe quanto o náuplio, mas embora haja um pouquinho de verdade nisso, isso vai depender do que ou de quem você estiver alimentando. As artêmias recém eclodidas são ricas em gordura, cerca de 23% de seu peso seco. No estágio juvenil este índice cai para aproximadamente 16% e quando são quase adultas, esse índice cai para mais ou menos 7%. Por outro lado, as proteínas aumentam para substituir a gordura perdida nesta fase, passando de 16%, em uma artêmia recém eclodida, para 63% em uma artêmia adulta. Baseado nisso você deverá determinar o que é melhor para o seu peixe. Os alevinos precisam de uma taxa alta de gordura para crescerem saudáveis, enquanto que os adultos e os mais velhos necessitam de proteínas para se manter saudáveis e para a reprodução. Além disso, os náuplios são conhecidos por terem deficiência em vários aminoácidos essenciais, enquanto a artêmia adulta é rica em todos os aminoácidos essenciais, portanto, a artêmia adulta provê mais biomassa e é mais completa nutricionalmente do que o náuplio.

O melhor modo de cultivar artêmias adultas é conseguir um aquário de 40-80 litros. Pegue uma folha fina de fórmica e coloque no fundo do aquário criando um fundo oval. Isso é feito para eliminar as áreas mortas já mencionadas e melhorar a circulação da água. Cole todas as bordas com silicone. A circulação pode ser aumentada colando-se uma divisão no meio do tanque. Melhores taxas são obtidas com a boa circulação de alimento, distribuição dos cistos e forte aeração. O próximo passo é o mais difícil de se descrever sem desenhos. Você precisará fazer 6 ou 8 tubos de ar, dependendo do tamanho do aquário, que ficarão em pé dentro do aquário. São tubos simples, de 1 polegada em PVC, cortados a 45º na parte inferior com um cotovelo de 90º na parte superior. O nível da água deverá alcançar até a metade do cotovelo com a parte inferior do tubo tocando o fundo do aquário. Fure a parte do cotovelo de cima para baixo de modo que você possa colocar uma mangueira de ar até o fundo. Cole os tubos no centro do aquário de modo que os cotovelos de 90º fiquem todos na mesma direção a um ângulo de 45º ao divisor. Você criou então um mecanismo que movimentará constantemente a água em sentido horário ou anti-horário. Aqui é onde eu devo trazer à tona o assunto da aeração. Resista à tentação de usar aquelas pedras porosas de madeira para aumentar a taxa de aeração, pois embora elas produzam belas bolhinhas e criem uma excelente circulação de água, estas mesmas bolhinhas poderão acabar com as artêmias. Isso porque as bolhas podem alojar-se em seus apêndices de natação ou até mesmo ser ingeridas pelas artêmias, fazendo com que elas flutuem, impossibilitando-as de se alimentarem e por fim levando-as à morte.

Quando se tratar de produção em pequena escala, a filtração não se faz necessária visto que não se tem grandes problemas quanto à qualidade da água. Caso se sinta tentado a realizar a filtração, isso exigirá que a água transborde através de uma telinha para um reservatório ou para um cartucho de filtragem. A aeração moderada com pedras porosas (que soltam bolhas grossas) ou nenhuma, boa qualidade da água e limpeza são fatores importantíssimos para se obter altas taxas de artêmias adultas. Visto que as artêmias se alimentam constantemente, um crescimento mais rápido e melhor será alcançado se forem alimentadas várias vezes ao dia ou continuamente. Melhores taxas de crescimento também são alcançadas a uma temperatura de 25-30ºC, densidade entre 1.025-1.030 e baixa luminosidade. Lembre-se que as artêmias são atraídas pela luz forte, portanto se você instalar aquela lâmpada de halóide de 175 W que você retirou de um aquário de recifes, os pequenos malandrinhos irão aumentar as suas atividades natatórias, desperdiçando energia e diminuindo assim a taxa de crescimento. Em baixa luminosidade as artêmias irão se espalhar por toda a coluna de água, nadando vagarosamente e alcançando uma conservação de alimento mais eficiente. [Início]

6. Manutenção

Por se tratar de um volume muito pequeno, a qualidade da água pode deteriorar-se muito rapidamente quanto ao aumento de biomassas. O problema acontece normalmente devido à superalimentação, o que leva a um baixo nível de oxigenação. Existe uma linha muito fina entre a alimentação ideal e o extermínio do nosso tanque, especialmente quando usamos alimentos inertes. Para superar este problema você precisa cuidar do seu tanque dando a ele a mesma atenção dada ao seu aquário. Eis o que você deve fazer: Limpe o fundo a cada 2 dias. Para isso desligue o ar, deixe o tanque repousar e use novamente aquela lanterna (funciona melhor à noite). Agora sabemos o que nossos amiguinhos irão fazer. Enquanto isso sifone a sujeira do fundo do tanque. Lembre-se que eles irão “mudar de roupa” 15 vezes até se tornarem adultos. É aconselhável que se troque 20% de água por semana. [Início]

7. Pequenos problemas

“Minhas artêmias eclodem e em seguida morrem”. As causas podem ser várias: A aeração é insuficiente levando-as à asfixia, você não resistiu à tentação e usou aquela pedra porosa de madeira que eu falei para você não usar, ou elas morreram por falta de alimento. O estado de saúde pode ser checado por se observar como elas nadam. Ilumine o tanque com uma lanterna para que elas se concentrem rapidamente no foco de luz, se isso acontecer é um bom sinal. No entanto, natação dispersada e lenta indicam que as coisas estão indo para o brejo. Se você tiver acesso a um microscópio, poderá observar seus aparelhos digestivos, que deverão estar cheios de comida, (supondo que você as tenha alimentado, é claro). Se os apêndices de natação e a boca estiverem limpos é um bom sinal, mas se estiverem cobertos por partículas, isso é ruim. Isso pode ocorrer devido à má procedência da comida ou devido à condição fisiológica das artêmias. Uma outra razão sugerida é que pode ter ocorrido uma infecção por vírus, mas muito pouco se sabe a esse respeito e seria impossível para nós aquaristas confirmar se isso aconteceu. Veja a seção de desencapsulamento no final desse FAQ. Crescimento lento - A temperatura está muito baixa, o pH está fora, a salinidade está fora, a comida é inadequada ou perdeu a qualidade. [Início]

8. Armazenamento de artêmia

As artêmias podem ser armazenadas de diversas maneiras. Uma artêmia adulta sobrevive por muitos dias no refrigerador. Caso opte por refrigerá-las, não se esqueça de aquecê-las e dar-lhes a última refeição antes de você alimentar seus peixes. Isso irá restaurar suas qualidades nutricionais, afinal elas estiveram famintas durante alguns dias. Você poderá também congelar os náuplios, mas isso irá matá-los. Uma forminha de gelo funciona perfeitamente. Utilize água salgada (7-8 ppt) para congelá-los e obter melhores resultados. O congelamento é muito prático, pois tudo o que tem a fazer é jogar um cubinho de artêmias no aquário e você terá um excelente fornecimento de comida que durará um bom tempo. Você deve tomar cuidado para não superalimentar o aquário, pois as artêmias afundam e se decompõem rapidamente comprometendo a qualidade da água. [Início]

9. Descapsulando cistos

Tendo sido interrogado várias vezes de como e por que isso é feito, eu decidi adicionar esse procedimento no fim deste FAQ. Este é um processo complicado e poucas pessoas escolherão executá-lo. Separar os náuplios de suas cascas pode ser desejável por muitas razões. As cascas dos cistos são indigestas e podem se hospedar no intestino de predadores causando obstruções fatais. Especulações apontam as cascas como sendo forte fonte de contaminação bacteriana. Acredita-se que o conteúdo nutricional do náuplio descapsulado é maior porque ele não precisa gastar energia para quebrar a casca e sair dos cistos. Também a taxa de eclosão aumenta e por fim, os cistos recém descapsulados podem ser servidos a filhotes pequenos demais para se alimentar de náuplios. Durante tantos anos lidando com esses sujeitinhos, eu nunca ouvi falar em alguém que tivesse tido problemas com qualquer uma das duas primeiras razões. Certamente poucas lojas de aqüicultura se aventuram a enfrentar a dificuldade de descapsular artêmias. A descapsulação se divide em quatro etapas:

Re-hidratar os cistos;
Lidar com a solução para descapsulamento;
Desativar o cloro residual;
Cultivar os embriões.
Os cistos, quando secos, têm uma pequena cavidade em suas cascas dificultando assim removê-las por completo. Por essa razão, eles são primeiramente re-hidratados para assumir uma forma esférica. Os cistos devem ser re-hidratados em água doce mole ou destilada a uma temperatura de 25ºC por 60 a 90 minutos. Quanto mais baixa a temperatura, maior o tempo para re-hidratá-los. Mas nunca os deixe por mais de 2 horas na água, não importa qual a temperatura, pois após esse período alguns dos cistos terão reiniciado seus metabolismos e não sobreviverão ao processo de descapsulamento. A re-hidratação deverá ser feita no mesmo recipiente usado para cultivar cistos pelos mesmos motivos de circulação e aeração. Após a re-hidratação, os cistos deverão ser filtrados com uma telinha de 100-125 mícrons e enxaguados, mas essa etapa poderá estar perdida se você não possuir a telinha! O melhor é descapsulá-los imediatamente, mas se for necessário os cistos poderão ser refrigerados por várias horas.

Durante o processo de re-hidratação, você precisará preparar uma solução de cloro. Qualquer alvejante doméstico ou cloro em pó para piscina misturado com água salgada serve. Como pré-requisito para descapsulação, os cistos deverão ser colocados em uma solução pré-resfriada a 4ºC com um pH 10, consistindo em 0,33 ml de Hidróxido de Sódio (NaOH) e 4,67 ml de água do mar por grama de cistos (você provavelmente vai gastar um bom tempo tentando encontrar NaOH puro). A solução é preparada dissolvendo-se 40 g de NaOH em 60 ml de água doce. A descapsulação ocorrerá quando você acrescentar 10 ml de alvejante na solução. Você precisará de um termômetro porque a solução irá liberar calor. É importante manter a solução entre 20-30ºC. Se começarmos com a solução pré-resfriada, fica muito mais fácil manter a temperatura dentro do limite. Se necessário, um cubo de gelo poderá ser utilizado para ajudar a baixar a temperatura. Uma segunda forma de descapsulamento é adicionar 0,70 gramas de Cloro em pó seco usado em piscinas por grama de cistos. Nesse caso a solução será de 0,68 gramas de Carbonato de Sódio em 13,5 ml de água. Fica mais fácil se você dividir a quantidade de água em duas partes, adicionando Carbonato de Sódio na primeira e Cloro na segunda. Deixe que dissolvam e reajam, o que causará um precipitado. Refrigere as duas soluções, misture e então adicione os cistos. Durante a descapsulação, mexa a solução continuamente para minimizar a formação de espuma e para dissipar o calor.

Note que a cor da solução mudará de marrom escuro para cinza, depois branca e então para um laranja claro. Essa reação leva normalmente de 2 a 4 minutos. Com o Hipoclorito de Cálcio, os cistos mudarão apenas para o cinza e levará cerca de 4 a 7 minutos. Os cistos deverão ser retirados depressa da solução, logo depois que as membranas dissolverem, conforme indicado pela cor laranja claro ou cinza, caso contrário você simplesmente dissolverá o cisto inteiro em vez de só a casca exterior. O Cloro deve ser removido em água doce ou salgada até eliminar totalmente o odor de Cloro. O Cloro residual prende-se nos cistos e precisa ser neutralizado. Isso é feito lavando-se os cistos em Tiossulfato de Sódio a 0,1% (0,1 grama em 99,9 gramas de água) por um minuto. Como método alternativo usa-se Ácido Acético (1 parte 5% de vinagre para 7 partes de água). O primeiro método funciona melhor, porém o segundo é mais fácil visto que os materiais podem ser encontrados em qualquer cozinha. Os cistos são então lavados novamente com água doce ou salgada e colocados no tanque de cultivo e cultivados como artêmia comum.

Os cistos recém-descapsulados poderão ser guardados na geladeira por no máximo 7 dias e então serem cultivados. Para um armazenamento mais prolongado, os cistos precisarão ser desidratados. A desidratação de cistos descapsulados é feita transferindo-se um grama de cistos descapsulados para uma solução de sal saturado, de 330 gramas de sal para 1 litro de água. Areje isso usando uma mangueira de ar por 18 horas, trocando a solução a cada 2 horas. A água contida nos cistos será liberada através de osmose, deste modo é importante manter a concentração de sal bem alta. Após 18 horas, os cistos terão perdido 80% da água de suas células. Interrompa o fluxo de ar e deixe tudo assentar, depois filtre os cistos. Estes cistos poderão então ser colocados em um recipiente com água e sal, hermeticamente fechado, e guardado no freezer ou geladeira. Cistos com 16 a 20% de água nas células poderão ser guardados por alguns meses sem queda na taxa de eclosão. Para um armazenamento mais prolongado, você deverá reduzir essa taxa de água para menos de 10%. [Início]

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Pinguins-imperador


• Para a maior parte do ano, o pinguim-imperador vive no gelo do mar de espessura na Antártida, que eles usam para acasalamento, da cria e muda.
• Em algumas regiões da Antártida, a extensão do gelo sazonal tem mar e espessura reduzida nas últimas décadas devido às alterações climáticas. Aquecimento contínuo levará a novas reduções no gelo do mar, impactando pinguins-imperador, com colônias mais ao norte que é o mais em risco.
• A biomassa da Antarctica diminuiu nas últimas décadas, correlacionando-se com diminuição do gelo marinho. Mudanças na abundância de são susceptíveis de afetar negativamente o pinguim-imperador e muitas outras espécies da Antártida.
• Pinguins-imperador destacar os possíveis impactos das temperaturas dos mares e o derretimento do gelo do mar devido às alterações climáticas. Estas mudanças afetam direta ou indiretamente de muitas outras espécies do ecossistema marinho da Antártida.

Porque é que a biodiversidade em crise?

A crise da extinção escalada mostra que a diversidade da natureza não pode suportar a pressão que a humanidade atual está colocando no planeta.

Cada dia da biodiversidade está sendo perdida em até 1.000 vezes a taxa natural. A extinção de espécies individuais , mas também a destruição do habitat , a conversão das terras para a agricultura e desenvolvimento, mudanças climáticas , a poluição ea propagação de espécies invasoras são apenas algumas das ameaças responsáveis pela crise atual.


Fatos
Os recifes de coral fornecer alimentos , protecção tempestade , emprego, lazer, recreação e outras fontes de rendimento para mais de 500.000.000 de pessoas no mundo ainda 70% dos recifes de corais são ameaçados ou destruídos.

17.291 espécies, das 47.677 avaliadas até agora são ameaçados de extinção.

Dos 5.490 mamíferos do mundo , 79 são extintas ou extintas na natureza , Criticamente em Perigo , com 188 , 449 e 505 em vias de extinção Vulneráveis.

1.895 do planeta 6.285 anfíbios estão em perigo de extinção , tornando- o grupo mais ameaçado de espécies conhecidas até o momento.



Com a perda da biodiversidade em curso, estamos a assistir à maior crise de extinção desde que os dinossauros desapareceram do nosso planeta 65 milhões de anos . Não são apenas estas extinções irreversíveis , mas elas também representam uma ameaça grave para a nossa saúde e bem-estar.
Quais são as principais ameaças à biodiversidade?
Ameaças à biodiversidade são numerosas e da atividade humana é responsável pela maioria deles.


Habitat perda e degradação afeta 86% de todas as aves ameaçadas, 86% dos mamíferos ameaçados avaliados e 88% dos anfíbios ameaçados .
Introduções de Espécies Exóticas Invasoras que estabelecem e se espalhou para fora sua distribuição normal. Algumas das espécies mais ameaçadoras invasivas incluem gatos e ratos , caranguejos verde, mexilhão zebra , a árvore tulipa Africano ea serpente marrom da árvore . Introduções de espécies exóticas pode acontecer deliberadamente ou acidentalmente , por exemplo, por organismos " boleia " em contentores , barcos, carros ou no solo.
Sobre-exploração dos recursos naturais. Extração de recursos , a caça e pesca de alimentos, animais domésticos e medicina.
Poluição e doenças. Por exemplo , o uso excessivo de fertilizantes leva a níveis excessivos de nutrientes no solo e na água.
Induzidas pelo homem alterações climáticas. Para exemplo , a mudança climática está alterando os padrões migratórios das espécies e aumentar o branqueamento do coral .

E sobre as alterações climáticas?
Biodiversidade e alterações climáticas são muito estreitamente ligados .

A biodiversidade é fortemente afetado pelas mudanças climáticas isso precisamos de fazer esforços adicionais para minimizar a influência negativa de outros factores, tais como a exploração excessiva , perda e fragmentação do habitat , poluição e a disseminação de espécies exóticas invasoras. Desta forma, podemos assegurar que os ecossistemas estão menos vulneráveis e mais resistentes à crescente ameaça representada pela mudança climática.

Mas as alterações climáticas podem também beneficiar largamente da biodiversidade conservada e ecossistemas especialmente saudáveis, quando estas são colocadas no centro dos esforços para combater as alterações climáticas .

Através de absorção e armazenamento de carbono em uma variedade de ecossistemas terrestres e marinhos , como as florestas, turfeiras e zonas húmidas outros , a biodiversidade contribui para a mitigação das alterações climáticas por armazenar dióxido de carbono .

A biodiversidade também ajuda as pessoas a se adaptarem à mudança climática através da prestação de serviços do ecossistema, que reduzir a sua vulnerabilidade e aumentar a sua capacidade de adaptação à mudança. Isto inclui a protecção costeira prestados pelas florestas de manguezais costeiros de enchentes e erosão costeira causada por aumento do nível do mar e tempestades mais poderosas.


Fatos
A abundância de espécies diminuiu 40% entre 1970 e 2000. Espécies presentes em rios, lagos e pântanos diminuíram 50%.

No Atlântico Norte , os peixes caíram 66% nos últimos 50 anos.

Desde 2000, 6 milhões de hectares de floresta primária foram perdidos a cada ano.

Na região do Caribe, a cobertura de coral duro diminuiu de 50% para 10% nas últimas três décadas.

35% dos manguezais foram perdidos em apenas 20 anos.



Desde tempos imemoriais , a natureza tem nos alimentou , curou -nos e proteger -nos. Mas hoje os papéis mudaram . Precisamos alimentar a natureza, precisamos de curá-lo e protegê-lo , se quisermos garantir um futuro saudável e próspero para nossas crianças.